tag:blogger.com,1999:blog-82348775620246158792024-03-05T22:02:15.845-08:00a harmonia secreta da desarmonia.Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.comBlogger29125tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-14117004546523050912012-01-07T18:15:00.000-08:002012-01-09T09:27:33.195-08:00Ano novo, post novo.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; color: #cc0000; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8rAxZGzG-5C79iKY1t9t09iRvRn7t7OsoEqMYTp0tokpirZih3CUZgul4hRuuv-kbdOCORHOjf1UAiTBZXEyxOiNuQoB1yLZaqbOXcaANvQlVhnYt2zfhyphenhyphenWco1tGWpz26qfy3dDCBX0IP/s1600/champanhe-seu-brinde-de-ano-novo_1_600_4503.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8rAxZGzG-5C79iKY1t9t09iRvRn7t7OsoEqMYTp0tokpirZih3CUZgul4hRuuv-kbdOCORHOjf1UAiTBZXEyxOiNuQoB1yLZaqbOXcaANvQlVhnYt2zfhyphenhyphenWco1tGWpz26qfy3dDCBX0IP/s320/champanhe-seu-brinde-de-ano-novo_1_600_4503.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #cc0000; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"> <span style="color: #b45f06;"> </span></span><span style="background-color: white; color: #b45f06; font-size: x-small;"> <span style="font-size: small;">Aos que sobreviveram às puladinhas das 7 ondas ou aos que asce</span></span><span class="st" style="background-color: white; color: #b45f06; font-size: small;">nderam suas velas na areia e jogaram flores no mar </span><span style="background-color: white; color: #b45f06; font-size: small;">solicitando as forças dos orixás como Iemanjá - Rainha do Mar, fica aqui nesse meu primeiro post do ano os votos de prosperidade nesse ano de 2012 - pra todos nós, ne? - com muita luta e dedicação. Pq, meus amigos, essa conversa de paz e amor sem trabalho árduo fica por conta dos bons clichês vinculados a sorte e olhe lá. É isso! Vamos ao assunto pontapé desse ano.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #b45f06; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> Com a explosão do uso da ferramenta 'compartilhar' do nosso velho amigo facebook eu percebi que eu queria escrever sobre isso pois já não bastasse toda a 'orkutização' que chegou de vez no 'facebug' com direito a pornografia, fotos de pessoas (se assim posso me referir) e seus excrementos, bem como fotos "a la barra pesada", chegaram também as correntes com um tal de compartilhe se você também acredita, fez, faz, viu, teve, conhece, concorda... enfim! "Se você estiver na frente do pc, COMPARTILHE." rsrrs</span></div>
<div style="background-color: white; color: #b45f06; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> Ouvi falar sobre uma dessas teorias conspiratórias que esse bombardeio de compartilheS tem ligação com uma espécie de teste controle afim de que se possa medir o grau de manipulação e adesão das pessoas a essas idéias e campanhas de maneira fácil e rápida, através de um simples clique. Mas como eu já passei da fase de que tudo é conspiração, deixo essa informação aos ainda curiosos sobre o assunto para pesquisarem. </span></div>
<div style="background-color: white; color: #b45f06; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> A minha atual questão está relacionada à Psicologia das Massas de Freud, que de certa maneira refere-se ao mesmo ponto citado acima, referenciando a maneira que as pessoas, enquanto seres sociais, se envolvem em determinadas situações quando estão junto a um grupo, na maneira como isso reflete no seu comportamento frente ao coletivo, levando muitas vezes a tomarem atitudes as quais jamais tomariam se estivessem sozinhos. O resultado disso é a junção de inúmeras 'forças' e a coragem a ter atos jamais pensados. Para Freud </span><span style="font-size: small;">os indivíduos inseridos na massa, pensam, sentem e agem de maneira diversa de quando está sozinho e a explicação vem do conceito de libido aonde os indivíduos estão ligados por um laço libidinal e tendem a agir de maneira uniforme para se sentirem parte do grupo. </span></div>
<div style="background-color: white; color: #b45f06; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Freud à parte, vejo também a enorme necessidade das pessoas de postarem alguma coisa nas redes sociais e de dizerem alguma coisa sobre qualquer temática afim de se sentirem interados e socializados, pertencentes a um grupo, um modelo, uma fôrma. E quando o assunto envolve política, questões sociais... ishhhhhhhhh, aí a buraco é mais embaixo. Os que se mantem silenciosos são os muitas vezes omissos ou desligados, os que criticam são os recalcados ou do movimento "do contra", os que apóiam são pseudo-revolucionários, enfim.</span><br />
<span style="font-size: small;"> A verdade é que as pessoas querem falar, e esse falar é sobre qualquer assunto, sobre o que tá acontecendo/aconteceu/polemizou, sobre sua vida, aonde está, com quem, fazendo o que... Há uma enorme vontade de ser lido ou de imaginar que alguém acompanha sua vida interessante (ou não!). Cada um utiliza a ferramente de uma maneira embora seja perceptível que os assuntos geralmente são os mesmos, porém o bom senso é sempre indispensável nas publicações pois uma vez lançado na "rede" é o suficiente para ficar o registro.</span><br />
<span style="font-size: small;"></span><br />
<span style="font-size: small;"> E se você permaneceu até o final do post aproveite e repense sobre aquilo que você publica e compartilha assim como eu tenho feito. Filtro mode <b>ON</b>, galera... Seus amigos agradecem. Beijos.</span></div>
</div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-87794730819286094142011-10-10T06:56:00.000-07:002011-10-10T06:56:21.837-07:00O sentido faz falta?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0xP_hBElrVbH2YdOeyZEqwBX8hb4ymxAQLD7rqa4bt6dkjY5wSca6NBD0aPC7BHc9h-ibRHMPAZbNcYPAnaIuPSC-CNnDfSSfxp_ZctwJjwdGcXsWwIUyvI4UBjYE5CbyOGQV3SzFuxfA/s1600/1181626242_f.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0xP_hBElrVbH2YdOeyZEqwBX8hb4ymxAQLD7rqa4bt6dkjY5wSca6NBD0aPC7BHc9h-ibRHMPAZbNcYPAnaIuPSC-CNnDfSSfxp_ZctwJjwdGcXsWwIUyvI4UBjYE5CbyOGQV3SzFuxfA/s1600/1181626242_f.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">A gente procura um sentido para a vida somente quando o cotidiano perde sua graça e seu encanto</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">É
uma queixa frequente: o mundo e a vida fazem pouco sentido -muito menos
sentido do que antigamente, completam os saudosistas. Nas famílias, às
vezes, essa queixa produz uma espécie de pingue-pongue. Os pais acham
que os filhos adolescentes vivem por inércia, sem rumo e projeto: "Eles
não estão a fim de nada que preste, não têm uma causa, uma visão de
futuro".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">Os
filhos, confrontados com essa preocupação dos pais, declaram que, se
precisassem mesmo de um sentido para viver, certamente não é com os pais
que eles o aprenderiam: "Mas qual sentido gostariam que eu escolhesse
para minha vida, se a vida deles não tem nenhum?". Nesse diálogo, o
sentido parece ser sempre o que falta na vida dos outros que criticamos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">Também
existem indivíduos (adolescentes e adultos) que se queixam da falta de
sentido em sua própria vida: "Viver para quê? Todo o mundo vai morrer de
qualquer jeito; que sentido tem?".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">Geralmente,
ao procurar responder a essas constatações desconsoladas, amigos,
parentes e terapeutas agem como os pais que mencionei antes: querem
injetar uma causa, uma visão de futuro na vida de quem lhes parece ter
perdido o rumo "necessário" para viver.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">Agora,
eu não estou convencido de que, para viver, seja necessário que a vida
tenha um sentido. Quando alguém se queixa de que sua vida é sem sentido,
não tento interessá-lo em grandes razões para viver. Prefiro perguntar
(para ele e para mim mesmo) de onde surge tamanha necessidade de um
sentido. É curioso que, para alguns, a existência precise de uma
justificação, de uma razão, de uma causa, de uma visão de futuro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">Em
regra, essa necessidade de justificar a vida se impõe quando a própria
vida não se basta mais. Ou seja, é quando os gestos cotidianos perdem
sua graça que surge a obrigação de fundamentar a vida por outra coisa do
que ela mesma.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">Nota
clínica: a depressão não é o mal de quem teria perdido (ou nunca
achado) uma grande razão para viver. Depressão é ter perdido (ou nunca
encontrado) o encanto do cotidiano. Por consequência, tentar "curar" a
depressão de um adolescente propondo-lhe militância política ou fé
religiosa é nocivo: se a gente conseguir capturá-lo num grande projeto,
esse mesmo projeto o afastará ainda mais da trivialidade do dia a dia,
cujo encanto ele perdeu.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">Resumindo,
quando alguém se queixa de que a vida não tem sentido, o problema não é
ajudá-lo a encontrar o tal sentido da vida, mas ajudá-lo a descobrir
que a vida se justifica por si só, que ela pode ser seu próprio sentido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">A
cultura moderna poderia ser dividida em dois grandes blocos (que não
coincidem com as tradicionais divisões de esquerda vs. direita etc.): os
que pensam que o sentido da vida não está na própria experiência de
viver (mas na espera de um além, num projeto histórico etc.), e os que
pensam que a experiência de viver, por mais transitória que seja, é todo
o sentido do qual precisamos (nota: a psicanálise, inesperadamente,
está nesse segundo grupo, por constatar que a gente sofre mais frequente
e gravemente pelo excesso do que pela falta de um sentido).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">Alguém
dirá que, com o declínio das utopias políticas e algum avanço (talvez)
do pensamento laico, o sentido da vida está em baixa. Em suma, eu
estaria chutando um cachorro morto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">Não
concordo: talvez a própria crise das utopias e de algumas religiões
instituídas esteja reavivando uma espiritualidade que tenta sacralizar o
mundo, prometendo, no mínimo, sentidos ocultos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">O
esoterismo "new age" nos garante que a vida tem um sentido misterioso,
que a gente nem precisa saber qual é. Melhor assim, não é? Acabo de ler
um breve (e delicioso) ensaio do filósofo italiano Giorgio Agamben, "La
Ragazza Indicibile" (a moça indizível, Electa, 2010). Agambem (retomando
um ensaio de Jung e Kerényi, de 1941, sobre Koré, a moça sagrada
-Perséfone na mitologia clássica) mostra que os mistérios de Eleusis
(que são os grandes ascendentes do esoterismo ocidental) de fato não
revelavam nenhum grande sentido escondido das coisas e da vida -a não
ser talvez o sentido de uma risada diante do pouco sentido do mundo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">Ele
conclui com a ideia de que podemos e talvez devamos "viver a vida como
uma iniciação. Mas uma iniciação ao quê? Não a uma doutrina, mas à
própria vida e à sua ausência de mistério".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;">CONTARDO CALLIGARIS - Folha de São Paulo 06/10/11.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: xx-small;"> </span></div>
</div>
Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-3731891909851040972011-07-06T12:41:00.000-07:002011-07-06T12:54:35.073-07:00Sincronicidade: Coincidência ou fenômeno?<div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDddeK07H1oI-qPfzDegeBol_lbsLNrg0mMTjKNJr3Cyzmho5llns5jcfC7FxESp_BLjXsV2VbpHSm_5NvCqBtuJWJcDGFGt0qIoeElOeDfQXgrJZmwHG7htygMLPTiJAExUoU9UopkiQr/s1600/sincronicidade2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDddeK07H1oI-qPfzDegeBol_lbsLNrg0mMTjKNJr3Cyzmho5llns5jcfC7FxESp_BLjXsV2VbpHSm_5NvCqBtuJWJcDGFGt0qIoeElOeDfQXgrJZmwHG7htygMLPTiJAExUoU9UopkiQr/s320/sincronicidade2.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
Acredito que muitas pessoas já tenham ouvido esse termo 'sincronicidade', porém aos que não ouviram, certamente já tiveram momentos em que ficaram boquiabertos pensando nas 'coincidências da vida' e indiretamente chegaram a refletir sobre a sincronicidade sob um outro conceito: uma possível causalidade. Quem não passou pela situação de estar pensando em alguem e essa pessoa te ligar no exato momento, ou então de estar ligando para uma determinada pessoa e o telefone dela estar dando ocupado porém quando você finalmente desiste de ligar, incrivelmente seu telefone toca e você vê no detector de chamadas que é a tal pessoa te ligando? Eu passei incalculáveis vezes por isso seja com amigas, com o namorado ou com alguma pessoa que eu desejasse falar. Essa 'coincidência' mobilizou estudos tanto na Física Quântica quanto na Psicologia de Carl Gustav Jung - psiquiatra suiço e fundador da Psicologia Analítica, ou Psicologia Junguiana. Confesso que sei muito pouco sobre o assunto, mas o pouco que eu tenho lido e pesquisado me tocou profundamente a ponto de tudo fazer muito sentido pra mim. Então, vamos dar uma conferida no que diz a teoria da Sincronicidade de Jung. Espero que curtam!</div><div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
<div style="text-align: center;">..........................................................................................................</div></div><div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span class="bbc_color">Ao estudar as coincidências, Jung chegou a conclusão de que elas não são tão casuais como parecem, e deu ao fenômeno o nome de sincronicidade. A principal característica da sincronicidade seria uma significativa relação entre uma vivência interior e um evento exterior: penso numa pessoa e ela telefona. Certa vez, uma paciente de Jung estava contando um sonho em que aparecia um escaravelho, justo naquele momento um escaravelho começou a esvoaçar contra a vidraça. E daí para a frente começou a pesquisar em profundidade o fenômeno da coincidência - ou sincronicidade.</span><b><span class="bbc_size" style="font-size: 12pt;"><span class="bbc_color"></span></span></b> <span class="bbc_color">Para ele existe a sincronicidade cada vez que um fenômeno acontece dentro de uma pessoa e fora dela ao mesmo tempo e sem nenhuma ligação lógica aparente. Na sincronicidade portanto, o interior e o exterior como que se combinam para formar um acontecimento. Aliás, essa intrigante troca de energias entre o mundo subjetivo e o mundo objetivo é confirmada pela física moderna, melhor dizendo pelas descobertas da física quântica. Hoje, os físicos sabem da interferência do observador na observação do fenômeno com o qual está trabalhando, até então no modelo mais antigo de ciência, acreditava-se em uma observação totalmente objetiva sem nenhuma interferência do observador. Sabe-se hoje que o tomar consciência de algo seria assim , um poderoso ato criativo no qual a realidade objetiva e a subjetiva se combinam para formar um evento. Dentro dessa visão, não seria de todo infundada a crença popular no mau olhado capaz de secar flores e afetar o crescimento das plantas. O fato é que uma intensa energia parece existir entre nosso psiquismo e o mundo à nossa volta. Do ponto de vista fenomenológico, nenhum acontecimento pode ser isolado do contínuo de energia que abrange toda a realidade. Qualquer evento, em qualquer nível, em qualquer lugar, é influenciado e influencia o mais. O tempo inteiro você está vivendo energias ou dinamismo que de a1guma forma se exteriorizam e mobilizam outras. Estamos todos como que dentro do mesmo oceano energético e trocas de energia são intrínsecas à própria vida. A experiência clínica nos mostra, por exemplo, que quem se encontra num processo de autodestruição sempre acha uma maneira de exteriorizar isso. Batendo o carro, por exemplo, criando uma doença. O próprio desequilíbrio energético entre duas pessoas termina se manifestando. À luz da teoria da sincronicidade, fica sempre muito relativo falar em mera coincidência, puro acaso. Correto seria dizer que de alguma maneira produzimos energias tanto para nossas melhores coincidências como para nossas piores ações. E aquilo que chamamos de sorte ou azar está mais ligado ao nosso estado interior do que a um destino caprichoso sem rosto. A concepção Junguiana de sincronicidade é de que, mediante uma silenciosa e misteriosa troca de energias, nosso estado interior está ativamente ligado a objetos e acontecimentos à nossa volta. Mas é preciso entender bem o que Jung considera sincronicidade. Não se trata por exemplo, de relações de causa e efeito entre o mundo subjetivo e o objetivo. </span></div><div style="background-color: transparent; border: medium none; color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; overflow: hidden; text-align: left; text-decoration: none;"><br />
</div><div style="background-color: transparent; border: medium none; color: black; overflow: hidden; text-align: left; text-decoration: none;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Por </span><span class="bbc_color" style="color: black;"><span style="color: black; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Doucy Douek, que é Psicóloga clínica.</span></span></span></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-12589676868739871012011-06-27T10:49:00.000-07:002011-06-27T10:52:28.752-07:00Férias.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmPNlDvSHojLBta4kbVA9umsdJzF5KTg810b9FMlEA04_xuUILiaNEP3a75K5pH5CAZHfmxul9nDG8fv5v8sGeCjYskFWAKy8ma9ViftJeQwhnkMS5p554h4fXLzeQi33BQJzMc9RuULoy/s1600/feeeeeeerias.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmPNlDvSHojLBta4kbVA9umsdJzF5KTg810b9FMlEA04_xuUILiaNEP3a75K5pH5CAZHfmxul9nDG8fv5v8sGeCjYskFWAKy8ma9ViftJeQwhnkMS5p554h4fXLzeQi33BQJzMc9RuULoy/s320/feeeeeeerias.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;"> Última semana de aulas, à beira de um ataque de nervos você jura que a solução dos seus problemas é a chegada das férias e a plenitude de estar no ócio. Pois bem, você conclui seus trabalhos, apresenta os seminários, se dá bem nas provas e finalmente entra em férias! Ah, maravilha, perfeição! Acordar tarde, ter tempo disponível pra tudo inclusive tempo pra fazer nada. Oh God! Isso é tudo que eu pedi. Passa a primeira semana, passa a segunda e... beirando a terceira semana o tédio já te consumiu. Há um inerente desejo de voltar a possuir a sua vida de verdade, a encontrar os amigos nem que sejam de passagem pelo corredor da univerdade, na correria entre uma disciplina e outra. Dá até vontade de ter o que fazer e se sentir últil. Eu sei que inúmeros seres humanos discordariam do que escrevo, mas é assim que me sinto. Sempre funciona dessa forma até que finalmente inicia as aulas novamente e eu percebo que eu nunca precisara tanto de férias como nesse momento. É cíclico! E como o hino de Rolling Stones: <span class="editable_area">I can't get no satisfaction!</span></div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-37049142905156890942011-06-06T07:25:00.000-07:002011-06-06T16:30:55.988-07:00Porque somos como somos?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">"O homem, distintamente de outras espécies, procura respostas a perguntas tais como a do título e faz indagações sobre suas origens e características. Boa parte do conhecimento produzido na área das ciências humanas e sociais diz respeito a indagações como essa, sobre o comportamento e a natureza humanos. Uma das disciplinas que fornece algumas das respostas mais inspiradoras é a psicologia evolucionista. Esta é uma disciplina recente, multidisciplinar, que nasceu de uma síntese entre a psicologia cognitiva e a teoria da evolução, e que utiliza conhecimentos de várias outras áreas, como a neurociência e a antropologia. A abordagem evolutiva parte do pressuposto que o homem, assim como todos os outros seres vivos, é o produto de um processo evolutivo. Isso significa que nossa natureza é determinada, além de nossa cultura, pela nossa biologia. Nossas características, não apenas anatômicas, mas também neurocognitivas e de comportamento, foram selecionadas em respostas a pressões evolutivas durante o processo de nossa evolução."</span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">Esse trecho é desse artigo: Porque somos como somos? A psicologia evolucionista e a natureza humana*, que responde muitas questões acerca do assunto de uma forma mais ampla e conceitual. Me surpreendi ao colocar no google "porque somos como somos" e encontrar um artigo científico falando a respeito da minha busca. É, e beirando os meus 25 anos tem me surgido uma imensa angústia quando penso nessa caminhada, do que somos feitos e como nos constituímos e minhas aulas de sociologia e filosofia contribuíram significativamente para que eu levantasse essa questão. De antemão, eu não pretendo encontrar a reposta certa que justifique o porque de sermos como somos, aliás, longe de mim, até pq falta muito conteúdo no constructo de tal argumento. A proposta desse post é apenas de pensar sobre! Bem, levando em consideração a nossa subjetividade e a importância da Psicologia que se propôs a estudar isso, conseguimos elaborar hoje uma significativa interpretação sobre a, até então, obscura questão, porque trabalhar com o subjetivo é sem dúvidas considerar o tempo que isso acarreta e a dificuldade em 'tocar o intocável', portanto, não é algo simples. Por mais que se saiba a respeito das maneiras de manifestação no corpo, no comportamento, nos sonhos e etc... somos muito complexos e não restam dúvidas dessa premissa. Facilmente nos deparamos com situações semelhantes em pessoas diferentes e assim mesmo, é comum encontrarmos reações parecidas de ambas frente a esta mesma situação -óbvio não desconsiderando que isso não se 'aplica' a todos - até porque estamos tratando de subjetividade. Pois é, estudando um pouco sobre a área comportamental da psicologia nos damos conta de que somos previsíveis em algumas situações e aí me remete a pensar que os nossos comportamentos diversos já foram medidos e estudados e que estamos dentro de um parâmetro de reações. Ou seja, por mais diferentes que sejamos, ainda assim somos previsíveis. Desde aquele que desmaia frente a uma situação aversiva como aquele que reage com gargalhadas. Sempre há um parâmetro, sempre há uma explicação. É difícil e ao mesmo tempo aliviante pensar que 'tudo é explicável'. Quando não encontramos uma resposta de 'normalidade' a algo que sentimos ou pensamos, logo bate uma preocupação: "ai meu Deus, isso é normal?". Mas voltando a questão científica, sempre há uma suposição do que levaria a sermos e a reagirmos de determinada maneira. Remotamente algo é inédito ou inexplicável. A ciência* parece estar sempre com uma explicação pronta sobre nossos comportamentos. Então somos uma sociedade previsível mesmo???<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><i>* isso não é, fundamentalmente, uma crítica à ciência</i></span>.</div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-23144818840262278102011-05-18T20:30:00.000-07:002011-05-18T20:32:45.784-07:00Mafalda me entenderia...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEingzSOffae0fGKE4I-S2E6VFMVLd_Garoipj7bSo6T9Tep71ip1gzx1Cy3MfTdWz4XBmxFex8_KeMRHq-0nbGyuTTv-YAWaKWT1bpDzZaA-A8irRltjg7Bi-maMucivjZqGjLiZfsqgEZw/s1600/mafaldatvcultura.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEingzSOffae0fGKE4I-S2E6VFMVLd_Garoipj7bSo6T9Tep71ip1gzx1Cy3MfTdWz4XBmxFex8_KeMRHq-0nbGyuTTv-YAWaKWT1bpDzZaA-A8irRltjg7Bi-maMucivjZqGjLiZfsqgEZw/s400/mafaldatvcultura.jpg" width="345" /></a></div><br />
</div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-4287012944701099602011-05-08T10:36:00.000-07:002011-05-08T10:36:56.435-07:00Eu preciso.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXu8vQsta0eVPXetFdlCHrWyP9B7G4S49bheqUd3eGKnWv3Thwtmi9Z5XeGgF8EVdleA_CXfpbyVLAht1uujgMr9ZHt_RLmn-GYV6lprbL_8Oug7vSbr1gg0H8ww6-FB4yUHtK71vY0vYb/s1600/tumblr_l6tn7mk5Nu1qzigeuo1_500_large_large.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXu8vQsta0eVPXetFdlCHrWyP9B7G4S49bheqUd3eGKnWv3Thwtmi9Z5XeGgF8EVdleA_CXfpbyVLAht1uujgMr9ZHt_RLmn-GYV6lprbL_8Oug7vSbr1gg0H8ww6-FB4yUHtK71vY0vYb/s200/tumblr_l6tn7mk5Nu1qzigeuo1_500_large_large.jpg" width="200" /></a></div><div style="color: #741b47; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span>"Eu preciso muito de você. </span><span>Eu quero muito, muito você, aqui de vez em quando</span> nem que seja muito de vez em quando, você nem precisa trazer maçãs, nem perguntar se estou melhor. Você não precisa trazer nada, só você mesmo. Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio. Juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito muito de você."</span> </div><div style="color: #741b47; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div style="color: black; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 130%;"><span style="color: #741b47; font-size: small;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">(C.F.A)</span></span></span></div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-6065323195918709752011-04-25T19:51:00.000-07:002011-04-25T19:55:06.380-07:00Água da minha sede.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/TsahEDaThjg?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;">"...Agora que começou<br />
Não sei mais como termina<br />
Água da minha sede<br />
Bebo na sua fonte<br />
Sou peixe na sua rede..."</div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-37846433920646647032011-04-10T19:13:00.000-07:002011-07-15T13:12:18.440-07:00Tabacaria.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><ul></ul><div style="background-color: white; color: #a64d79;"><div style="background-color: white;"><span style="background-color: #b6d7a8;">"Falhei em tudo</span>.</div><div style="background-color: white;">Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.</div><div style="background-color: white;">A aprendizagem que me deram,</div><span style="background-color: white;">Desci dela pela janela das </span>traseiras da casa.<br />
Fui até ao campo com grandes propósitos.<br />
Mas lá encontrei só ervas e árvores,<br />
E quando havia gente era igual à outra.<br />
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?</div><div style="background-color: white; color: #a64d79;">Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?<br />
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!<br />
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!<br />
Gênio? Neste momento<br />
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,<br />
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,<br />
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.<br />
Não, não creio em mim.<br />
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!<br />
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?<br />
Não, nem em mim... (...)"</div><div style="background-color: white; color: #a64d79;"><br />
</div><div style="background-color: white;"><i><span style="background-color: white; color: #a64d79;"><span style="background-color: white;">(Alvaro de Campos)</span></span></i><br />
<br />
</div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-33616725477181815372011-04-06T17:11:00.000-07:002011-04-06T17:11:37.328-07:00In love ♥<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXB7OPm1hpa3OvsKacOU58zd53fcQRfUPSTN4b9RI1AwV-AttJ9EPWQtmXwtXCJFrxD5iVjLrhc72X52SA9UfkMSkqbebtar3F_joTmlSkkURy2cEhkBv79JQ4aH37dz8vJg42w6H5bG1_/s1600/untitled.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="136" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXB7OPm1hpa3OvsKacOU58zd53fcQRfUPSTN4b9RI1AwV-AttJ9EPWQtmXwtXCJFrxD5iVjLrhc72X52SA9UfkMSkqbebtar3F_joTmlSkkURy2cEhkBv79JQ4aH37dz8vJg42w6H5bG1_/s200/untitled.jpg" width="200" /></a></div>"I need to, I need to, I need to<br />
I need to make you see<br />
Oh what you mean to me<br />
Until I do I'm hoping you will know what I mean<br />
I love you<br />
I want you, I want you, I want you<br />
I think you know by now<br />
I'll get to you somehow<br />
Until I do I'm telling you so you'll understand"<br />
<br />
<a href=""><span style="color: black; font-family: arial; font-size: x-small;">♪</span></a><a href=""></a><a href=""><span style="color: black; font-family: arial; font-size: x-small;">♪</span></a><a href=""></a><a href=""><span style="color: black; font-family: arial; font-size: x-small;">♪ Michelle - The Beatles</span></a> <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
</div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-81959366260820449892011-03-28T07:33:00.000-07:002011-03-28T09:19:00.669-07:00Registros necessários<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="MsoNormal" style="margin: 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXA_JVMzoNbJvNEJAZ7K4zeFcsTCYTXPOYGWUPR1Itm1m1OpnXibdNuZnP0e1s8ntXvHC-CJfv_bjoICF4kdqb-SNGrCkW2b3AW_cspgyvwwO9xtOkXvNGIuHKzXbhChKMPiWJ0ZQyU6B7/s1600/i95908562_87551_3%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXA_JVMzoNbJvNEJAZ7K4zeFcsTCYTXPOYGWUPR1Itm1m1OpnXibdNuZnP0e1s8ntXvHC-CJfv_bjoICF4kdqb-SNGrCkW2b3AW_cspgyvwwO9xtOkXvNGIuHKzXbhChKMPiWJ0ZQyU6B7/s1600/i95908562_87551_3%255B1%255D.jpg" /> </a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; color: purple; text-align: justify;">Começaram minhas provas e trabalhos aí pouco tenho parado pra escrever coisas minhas por aqui, mas continuo escrevendo. Há uns 2 meses comprei um caderninho pra fazer algumas anotações afim de me nortear nas minhas sessões de terapia, pois, às vezes, ou melhor, quase sempre a demanda é tão grande que eu sempre saio da análise consciente de que esqueci de falar muita coisa importante, por isso o caderninho me acompanha por aí. Acabo sempre anotando palavras-chave (?) sobre o que acaba acontecendo comigo ou <i>insights</i> que eu tenho durante a semana e tem me ajudado muito, pois a minha <strike>memória de curto prazo </strike>não anda bem não! rs Pois é. Então foi depois disso eu me dei conta que voltei a escrever de vez, que novamente virou uma necessidade só que - ultimamente - de maneira mais convencional de escrita: lápis e papel. Fiz umas reflexões sobre isso... pois me senti mais íntima com meu caderninho do que aqui no blog, flui mais os sentimentos de tal forma que às vezes a escrita não acompanha a velocidade do meu pensamento. Percebi o 'distanciamento' que uma escrita minha tem no blog em relação a minha escrita no caderninho. Acho que junto com a tecnologia perdemos o hábito de coisas simples e gostosas de se fazer, e isso é uma pena. Aqui no blog eu me permito escrever de uma forma mais clara porque, teoricamente, outras pessoas irão ler, portanto, é bacana que se quem leia possa entender! <span style="background-color: #cccccc;">No entanto, é notório que há uma influência direta no conteúdo, há uma certa censura de até onde fica o limite de tornar público coisas minhas, por mais que ninguém venha a ler o registro irá permanecer... percebo também que aqui tudo é mais bonitinho, formatado, justificado, ilustrado.</span> Óbvio, aqui a estética conta muito, a organização de idéias, o sentido do texto... Talvez se você tenha lido até aqui, tudo tenha soado como crítica. Talvez até seja, mas não estou abandonando o blog não. Achei apenas relevante o discernimento e a reflexão disso, porque vai ficar mais fácil ter essas duas válvulas de escape pra canalizar tanta coisa. Em contrapartida, fica o meu simples caderninho, de capa dura e arame rosinha onde tudo está totalmente proporcional as minhas emoções, sem limites com toda intensidade do momento, onde permite rastros de cheiro, de toque, de rabiscos, de borrões, de pingos de lágrimas, etc. Acho que ao longo dos anos nos disvinculamos de coisas tão simples e tão mais reais, pelo menos na minha opinião, por isso a sensação de superficialidade que sinto muitas vezes na internet. Mas vejo que escrever aqui tem uma importante função, a de me sentir 'ouvida', a de ter voz e de, ao mesmo tempo, ter essa 'escuta' de mim mesma, de ler e reler o que registrei aqui porque sei que - possivelmente - alguém lerá. É uma questão de equilíbrio, de não se deixar perder, de não se perder. </div><div class="separator" style="clear: both; color: purple; text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; color: purple; text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; color: purple; text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; color: purple; text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; color: purple; text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; color: purple; text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; color: purple; text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; color: purple; text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; color: purple; text-align: justify;">Boa semana, beijos <span style="color: blue;">♥</span></div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #444444; text-align: justify;">♪ <span style="font-size: small;"><i>Champagne Supernova - Oasis.</i></span></div></div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-73348876128408917262011-03-21T08:34:00.000-07:002011-03-21T08:34:45.295-07:00Uma dose de 'loucura'.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj2RpS0N0OxHxwhDtKhJZKOa-hyKAZ60BJg0xiJdUmOVX8tCcXANfNIsnN6ym7rhSBOn7vaKBM3_YVjHRK6zunZ5AY-S7S1lxVfePZVuiXvyDehe4zbheO2aHrX8IEvoM0CsMGUX984Cim/s1600/alice+tim+burton.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="142" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj2RpS0N0OxHxwhDtKhJZKOa-hyKAZ60BJg0xiJdUmOVX8tCcXANfNIsnN6ym7rhSBOn7vaKBM3_YVjHRK6zunZ5AY-S7S1lxVfePZVuiXvyDehe4zbheO2aHrX8IEvoM0CsMGUX984Cim/s200/alice+tim+burton.jpg" width="200" /></a>"- Gatinho de Cheshire (...) Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para ir embora daqui?<br />
- Isso depende muito de para onde quer ir - responder o Gato.<br />
- Para mim, acho que tanto faz... - disse a menina.<br />
- Nesse caso, qualquer caminho serve - afirmou o Gato.<br />
- ... contanto que eu chegue a algum lugar - completou Alice, para se explicar melhor.<br />
- Ah, mas com certeza você vai chegar, desde que caminhe bastante.<br />
- Mas eu não quero me meter com gente louca - ressaltou Alice.<br />
- Mas isso é impossível - disse o Gato. - Porque todo mundo é meio louco por aqui. Eu sou. Você também é.<br />
- Como pode saber se sou louca ou não? - disse a menina.<br />
- Mas só pode ser - explicou o Gato. - Ou não teria vindo parar aqui.<br />
Alice achou que isso não provava nada. No entento, continuou:<br />
- E como você sabe que é louco?<br />
- Para começo de conversa - disse o Gato - um cachorro não é louco. Concorda?<br />
- É, acho que sim - disse Alice.<br />
- Pois bem... - continuou o Gato. - Você sabe que um cachorro rosna quando está bravo e abana o rabo quando está feliz. Mas eu faço o contrário: eu rosno quando estou feliz e abano o rabo quando estou bravo. Portanto, eu sou louco.<br />
<br />
<i>(Trecho de Alice no País das Maravilhas) </i></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-47609134428039275802011-03-16T20:23:00.000-07:002011-03-17T15:17:41.833-07:00Doce antítese.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR2CsLFhTuBqPYvV0dDywYuCPyPodEKs74l2TXlOOIEW4Q7uqGZzD-5cCYouwWL9vayWST-O7pRzS4hKCZCt5ME6BqvwS7XvK5sT7OELAPo3-CVSg1LhCXDe1sfflINqpGofKuc0cKzc5n/s1600/1236653159_acredite.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR2CsLFhTuBqPYvV0dDywYuCPyPodEKs74l2TXlOOIEW4Q7uqGZzD-5cCYouwWL9vayWST-O7pRzS4hKCZCt5ME6BqvwS7XvK5sT7OELAPo3-CVSg1LhCXDe1sfflINqpGofKuc0cKzc5n/s1600/1236653159_acredite.jpg" /></a>"Sinto que espontâneamente tudo ao meu redor se modifica num leve soprar de movimento. Talvez se eu pudesse acrescentaria açúcar e adoçaria esse sopro amargo. Sim, amargo! </div><div style="text-align: justify;">De repente, me movimento e lá se vem flores e sabores e... ôpa, o que eu tava dizendo mesmo? Sim, sem o amargo o doce não pode ser tão doce!</div><div style="text-align: justify;">Eis que surgem-me fantasmas e eis que eu os recebo de porta aberta - sim, eu aprendi a abrir a porta para eles- e quando menos espero: cadê-os? É assim que funciona, ou você permite a entrada ou eles nunca vão embora. </div><div style="text-align: justify;">Insegurança. Ah, a insegurança... Maldita insegurança! Sabe o que eu acho? eu acho é pouco! Não me peça pra justificar isso, pois eu não suportaria dizer-te. Portanto, permaneça inerte. </div><div style="text-align: justify;">Pensando bem as mudanças não são indesejáveis, elas são queridas, muito mais do que ficar a mercê da monotonia. Mas ainda sim, elas são sérias, enigmáticas. </div><div style="text-align: justify;">O conhecido sabor da monotonia é algo que paralisa - 'Por favor uma xícara de café e duas torradas!' - O que me paralisa, me é confortável. Confortável até certo ponto, pois até o conforto me assemelha ao tédio. </div><div style="text-align: justify;">Vejo que meio a tudo que me cerca sempre sobra um pouco de poesia na tentativa fracassada, na atitude não concretizada, no sonho invisível, no caos vigorando."</div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-5848596518576672872011-03-13T08:09:00.000-07:002011-03-13T08:09:13.443-07:00Dia treze ♥<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2bs7oNGzqJ_pF75BFf6A08j96yvX2gZ4E4hTgUydQbXVt-Of2H5xEFSKFCrBruF12euEikEkVkEpePG6UXAq2MYboamesCK-G0KKaSdOaVXnvUdNEm_NrTElc4BzTVa-1PnzQA8erhqpQ/s1600/tumblr_lfc9veMAXN1qeu45bo1_400_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="141" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2bs7oNGzqJ_pF75BFf6A08j96yvX2gZ4E4hTgUydQbXVt-Of2H5xEFSKFCrBruF12euEikEkVkEpePG6UXAq2MYboamesCK-G0KKaSdOaVXnvUdNEm_NrTElc4BzTVa-1PnzQA8erhqpQ/s200/tumblr_lfc9veMAXN1qeu45bo1_400_large.jpg" width="200" /></a></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: right;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: right;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;"></span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;">Sabia, gosto de você chegar assim. </span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;">arrancando páginas dentro de mim.<br />
Desde o primeiro dia.</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: center;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;"> sabia, me apagando filmes geniais.</span><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: small;"> </span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;">Rebobinando o século. </span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;">meus velhos carnavais. minha melancolia.</span> <span style="font-size: small;"><br />
Sabia que você ia trazer seus instrumentos.</span> <span style="font-size: small;"><br />
Invadir minha cabeça.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"> onde um dia tocava uma orquestra...</span> <span style="font-size: small;"> </span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;">Sabia que ia acontecer você, um dia.</span> </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: center;"> <span style="font-size: small;"> E claro que já não me valeria nada tudo o que eu sabia.</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: center;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: center;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: right;"><span style="font-size: x-small;">[1 ano e 6 meses </span><a class="GBBGDF2CFM" href="http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=15662750692063480197" style="color: red;">♥</a><span style="font-size: x-small;">] </span></div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-72932037899828507372011-03-10T17:12:00.000-08:002011-03-11T04:35:46.739-08:00Uma dose de nostalgia.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div align="justify" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS2dffFWbKipvuC1IMXhKQ3Ey1d9QnxKMMpbn5zsgsp1ORzwbf0goBzBXiznUVQl_-CJtI11HKmeOYN1A78rDs-Y5oFCp-t4_qifArDBj1o4uSDhbjikoGyA1pPoc9sLxfojZWXdueYg_E/s1600/1244050172381_f.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="313" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS2dffFWbKipvuC1IMXhKQ3Ey1d9QnxKMMpbn5zsgsp1ORzwbf0goBzBXiznUVQl_-CJtI11HKmeOYN1A78rDs-Y5oFCp-t4_qifArDBj1o4uSDhbjikoGyA1pPoc9sLxfojZWXdueYg_E/s320/1244050172381_f.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">Hoje - no auge da minha gripe - resolvi procurar um livro na minha mini biblioteca desorganizada - carinhosamente batizada de AliceBL - <span id="search">e então eis que surge um enorme espirro em meio a tanta poeira, após me recompor da sessão de espirros visualizo mais ao fundo da prateleira o meu antigo livro de cabeceira - Água Viva, de Clarice Lispector - que n</span><span id="search">o ápice da minha adolescência </span></span><span id="search" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">exerceu a função, quase que diariamente, semelhante aqueles livros de auto-ajuda em que se abre aleatoriamente alguma página e lê-se um trecho - que subentende-se que seja uma palavra amiga lhe aconselhando a melhor forma de prosseguir o dia/vida. Em seguida peguei o livro coberto de poeira e dei uma passeada pelas folhas GRIFADAS quase que me sentindo numa viagem ao tempo, relendo as coisas que fizeram muito sentido num determinado momento da minha vida, e incrivelmente, pude perceber que há muito ainda de mim sobre aquelas linhas grifadas. Foi então que resolvi publicar aqui um trecho que também foi aleatoriamente aberto. Espero que curtam e que se deliciem com sua maneira particular de interpretação, pois não me arrisco a fazê-la :)</span></span></div><div align="justify" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"></div><div align="justify" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b><i><span style="font-size: small;">"Eu, viva e tremeluzente como os instantes, acendo-me e me apago, acendo e apago, acendo e apago. Só que aquilo que capto em mim tem, quando está sendo agora transposto em escrita, o desespero das palavras ocuparem mais instantes que um relance de olhar. Mais que um instante, quero seu fluxo.Nova era, esta minha, e ela me anuncia para já. Tenho coragem? Por enquanto estou tendo: porque venho do sofrido longe, venho do inferno de amor mas agora estou livre de ti. Venho do longe - de uma pesada ancestralidade. Eu que venho da dor de viver. E não a quero mais. </span></i></b></div><div align="justify" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"></div><div align="justify" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b><i><span style="font-size: small;">Quero a vibração do alegre. Quero a isenção de Mozart. Mas quero também a inconseqüência. Liberdade? é o meu último refúgio, forcei-me à liberdade e agüento-a não como um dom mas com heroísmo: sou heroicamente livre. E quero o fluxo.</span></i></b></div><div align="justify" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"></div><div align="justify" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b><i><span style="font-size: small;">Não é confortável o que te escrevo. Não faço confidências. Antes me metalizo. E não te sou e me sou confortável; minha palavra estala no espaço do dia. O que saberás de mim é a sombra da flecha que se fincou no alvo. Só pegarei inutilmente uma sombra que não ocupa lugar no espaço, e o que apenas importa é o dardo. </span></i></b></div><div align="justify" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"></div><div align="justify" style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><b><i><span style="font-size: small;">Construo algo isento de mim e de ti - eis a minha liberdade que leva à morte. Neste instante-já estou envolvida por um vagueante desejo difuso de maravilhamento e milhares de reflexos do sol na água que corre da bica na relva de um jardim todo maduro de perfumes, jardim e sombras que invento já e agora e que são o meio concreto de falar neste meu instante de vida. Meu estado é o de jardim com água correndo. Descrevendo-o tento misturar palavras para que o tempo se faça. O que te digo deve ser lido rapidamente como quando se olha."</span></i></b></div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-27778043480703802112011-02-26T08:07:00.000-08:002011-02-26T17:25:20.122-08:00Em defesa do meu direito de ser triste.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSO0tNEmLc1u4zAvFnDZAyIqObMLhpxKzFkIjqz52aIL32yEacyKnImvdUxpMWB_s9aF7_0m0Vk85KhaaP9mC5E5CLjk_jnygDdcr-Gb1CkbkCS_PdDT6OFWr4D2_OEYGso8I_hP6DVKTf/s1600/suave.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSO0tNEmLc1u4zAvFnDZAyIqObMLhpxKzFkIjqz52aIL32yEacyKnImvdUxpMWB_s9aF7_0m0Vk85KhaaP9mC5E5CLjk_jnygDdcr-Gb1CkbkCS_PdDT6OFWr4D2_OEYGso8I_hP6DVKTf/s1600/suave.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> "Sou muito agradecido à mãe natureza por ter me dado minha tristeza. É ela que me poupa de, alegremente, comemorar a perda de um amigo ou a perda dos dedos da mão. Ou ficar indiferente a isso. Bendita tristeza que não me permite ser absurdo em relação a tudo que me acontece vindo de externo a mim. Sou também grato a ela por me permitir ter um estado de espírito adequado à perda de ilusões. É muito aliviante poder estar triste quando constato não possuir, realisticamente, as virtudes que, ilusoriamente, eu me atribuía. Um fardo inútil que se deixa de carregar. E também, menor flagelação quando não correspondo às virtudes que não tenho. (…) Estou defendendo que a tristeza, apesar de dolorosa, é uma capacidade humana necessária, boa. E não, como habitualmente se acredita que, por ser dolorosa, é ruim. Ela é, mesmo, uma das mais infinitas variações da realidade externa ou à relação de cada um consigo mesmo. Numa palavra, permite adaptação."</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><i>(Trecho do artigo "Em defesa do meu direito de ser triste" do psiquiatra Oswaldo D. Di Loreto)</i><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Eu acho super curiosa a maneira como as pessoas lidam com a tristeza na cultura contemporânea do imediatismo - e, talvez, em alguns momentos eu não me excluo dessa massa. Se formos pensar na proporção que as coisas acontecem, talvez afirmar que as pessoas não possuem tempo para estarem tristes - tendo em vista a velocidade em que as coisas são exigidas e acontecem - parar significa muitas vezes perder tempo. Ok. Depois que comecei a ler mais sobre angústia, depressão e melancolia foi possível ver com maior clareza o reflexo disso na sociedade, na eclosão de transtornos mentais em função dessa cultura desumana. Lembrei de um material - se não me engano era um artigo - super interessante que eu li semestre passado: "Indivíduo doente, Sociedade sadia". É frustrante ver uma sociedade que exige muito e não te oferece suporte . Sobretudo, fica um enorme vazio e a sensação de que a sociedade não aceita e não disponibiliza lugar para indivíduos tristes. Por exemplo, um cidadão que deixa de produzir com eficiência no seu emprego em função de algum atrito familiar ou até mesmo pelo fato de estar se divorciando, esse sujeito não é bem visto pelos demais, as pessoas o enxergam como um fracassado, desequilibrado... Acho lamentável, pois isso contribui significativamente para que essas pessoas, de alguma forma, passem a não externalizar o que sentem e a inibirem seus sentimentos, podendo desencadear futuramente algum tipo de trantorno. Mas voltando ao artigo de Oswaldo D. Di Loreto, resolvi publicá-lo aqui para que possamos refletir sobre a temática, e não se trata de uma apologia à tristeza e sim de apontar uma outra ótica sobre a importância das nossas manifestações psíquicas, no quanto é importante essa sinalização do "estar triste", do quanto por trás dessa tristeza traz consigo questões afetivas nossas relevantes. E acima de tudo, trazer a reflexão de que nós devemos respeitar mais os nossos sentimentos e o dos outros indivíduos.</div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-46984677694694257992011-02-24T05:29:00.000-08:002011-02-24T08:33:41.084-08:00Clarissa.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvExpmDnTwa4rdHqCei6msaMW91zgEKYoJNmsQZi-T7Bzg5PpF4_UitdvaVxBHkJ00LN4CkXO8hIJLayeYutz4S_w6RO8ziCKEQbjqykyHmCKKxwN1hCWFW9vRwNRO6I59xF0ZL8QwY9BE/s1600/clarissa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvExpmDnTwa4rdHqCei6msaMW91zgEKYoJNmsQZi-T7Bzg5PpF4_UitdvaVxBHkJ00LN4CkXO8hIJLayeYutz4S_w6RO8ziCKEQbjqykyHmCKKxwN1hCWFW9vRwNRO6I59xF0ZL8QwY9BE/s1600/clarissa.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><i>"Amaro fica olhando para fora, através das janelas por onde a luz do meio-dia escorre. O seu corpo está aqui na sala de refeições da pensão de D. Eufrasina Couto. Mas o pensamento voou para longe. Uma vez há muitos, muitos anos, um menino olhou a vida com olhos interrogadores. Tudo era mistério em torno dele. Era numa casa grande. O arvoredo que a cercava amanhecia sempre cheio de cantos de pássaros. O mundo não terminava ali no fim daquela rua quieta, que tinha um cego que tocava concertina, um cachorro sem dono que se refestelava ao sol, um português que pelas tardinhas se sentava à frente de sua casa e desejava boa tarde a toda a gente. Não. O mundo ia além. Além do horizonte havia mais terras, e campos, e montanhas, e cidades, e rios e mares sem fim. Dava na gente vontade de correr mundo, andar nos trens que atravessavam as terras, nos vapores que cortam os mares. Andar... Nos olhos do menino havia uma saudade impossível, a saudade de uma terra nunca vista. Um dia- quem sabe?- um dia um vento bom ou mau passa e leva a gente. Um dia... </i></span> </div><div style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>-Amaro, meu filho, que é que você quer ser? </i></span> </div><div style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i> -Marinheiro. Pra viajar. Ou maquinista pra viajar também. </i></span> </div><div style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Mamãe sorria e continuava a bordar. Tinha uns olhos bons e um jeito todo especial de olhar para os outros. Papai falava grosso. Tinha bigodões retorcidos e uma enorme medalha de ouro presa à corrente do relógio. -Meu filho, um homem precisa fazer força para triunfar. Só os fracos é que se abatem diante da vida. </i></span> </div><div style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Papai dizia isto sempre, com a testa franzida, sacudindo a mão fechada no ar; e a medalha grande dançava contra o colete escuro. </i></span> </div><div style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Lutar... Amaro sentia arrepios. Lutar. Luta era sangue. Lutar era ferir e ser ferido. Homens que vencem e são vencidos. Mas que é o triunfo, que significa vencer? Não seria melhor ficar sempre e sempre ali, junto da mãe, na cidade natal, na rua humilde onde havia um cego que tocava concertina, um cachorro sem dono que se refestelava ao sol e um vendeiro português que pelas tardinhas... </i></span> </div><div style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>-Posso trazer o almoço, seu Amaro? </i></span> </div><div style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Na sua frente, Belmira sorri com dentes alvíssimos. Amaro sacode a cabeça afirmativamente. </i></span> </div><div style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>-Pode. </i></span> </div><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>Enfim... Eram recordações boas. Tudo aquilo tinha ficado muito longe no passado. Verdade é que a gente nunca esquece a infância. Pieguices? Mas, que é que a vida pode nos oferecer de melhor, de mais puro?..."</i></span></div><span style="color: red;"><br />
</span><span style="font-size: xx-small;"><i> </i></span></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-73215314691988014842011-02-22T06:28:00.000-08:002011-02-22T06:28:58.475-08:00Aquilo que ainda vai ser depois – é agora.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"> <div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">Agora é o domínio de agora. </span></div><div style="color: black;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">E enquanto dura a improvisação eu nasço.</span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;"> E eis que depois de uma tarde de “quem sou eu” </span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">e de acordar à uma hora da madrugada </span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">ainda em desespero </span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">- eis que às três horas da madrugada acordei </span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">e encontrei-me. </span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">Fui ao encontro de mim. </span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">Calma, alegre, plenitude sem fulminação.</span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;"> Simplesmente eu sou eu. </span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">E você é você. </span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">É vasto, vai durar.</span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">O que te escrevo é um ”isto”. </span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">Não vai parar: continua. </span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">Olha para mim e me ama. </span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">Não: tu olhas para ti e te amas. </span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">É o que está certo.</span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">O que te escrevo continua </span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia; font-size: medium;">e estou enfeitiçada.”</span></div><div style="color: black; text-align: left;"> </div><div style="color: black; text-align: left;"> </div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-60922959710780111722011-02-18T15:28:00.000-08:002011-02-24T08:38:34.817-08:00Através das Janelas.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"></span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"></span></div><div style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihIRaY7N190tYfsZtywFu5Vfq9BLzJfZdGtiQYZLqBM-6nHXx23fufS4AIt3ESwTx2sptPcgzhj6Z4zHlqYffx3W9REZYONtb9CUwRdDe-uhlU4hNmjYgZ4_6tHs92htCC1iz5-Taf3YDZ/s1600/MENINA+NA+JANELA.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihIRaY7N190tYfsZtywFu5Vfq9BLzJfZdGtiQYZLqBM-6nHXx23fufS4AIt3ESwTx2sptPcgzhj6Z4zHlqYffx3W9REZYONtb9CUwRdDe-uhlU4hNmjYgZ4_6tHs92htCC1iz5-Taf3YDZ/s320/MENINA+NA+JANELA.jpg" width="320" /></a><span style="font-size: small;">Como pretendo recomeçar o blog, pensei em compartilhar algo bem simples sobre um dos detalhes que contribuíram na construção do blog.</span></div></div><div style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"></div><div style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Lembro de forma carinhosa como o nome do endereço do blog surgiu (e isso trata-se de aproximadamente 3 anos atrás). Obviamente o momento da minha vida era outro, bem mais complexo e embaraçado (o que não vem ao caso) e o nome surgiu, quase que, num "<i>insigth</i>": "Através das Janelas", o que caiu muito bem a um momento de configuração mais introspectiva e observadora. Através das janelas buscamos saber quem somos, o que nos move, o que nos paralisa, o que nos constitui. Hoje, a idéia é de compartilhar e dar significado aos meus pensamentos e sentimentos, dando vazão a enxurrada de energia e idéias que nos é inerente. Essa vai continuar sendo a função dos meus escritos nada poéticos, a de procurar harmonizar a minha desarmonia. E é com essa proposta que o blog está de volta: tentar chegar, pelo menos, a um norte pra direcionar isso!!! </span></div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-5753499077058957402011-02-17T10:12:00.000-08:002011-02-24T08:42:05.110-08:00Fênix.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="color: black; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Oi gente, o blog tá renascendo das cinzas! Depois de dar uma conferida em alguns blogs superinteressantes resolvi reativar o meu que há muito tempo tá abandonado. Esse primeiro post é pra anunciar o retorno, depois vou pensar direitinho em algo legal pra escrever aqui. Dei uma conferida nos meus posts mais antigos, aliás, beeem antigos e resolvi permanecer com o mesmo endereço, muita coisa em mim mudou desde a primeira tentativa de emplacar com esse blog, entretanto a essência continua a mesma e foi por esse motivo que resolvi não criar outro e permanecer com esse. Aqui continuará sendo uma forma de explicitar ora alguma opinião, ora compartilhar o que eu tô lendo, alguma poesia ou algumas matérias, sites ou qualquer outra novidade que venha a surgir, nada de rótulos, por favor!<b> Besos ;*</b></span></div><br />
<br />
</div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-88051783470085904462008-10-10T03:47:00.000-07:002011-02-22T06:13:22.800-08:00Sou...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”</span></div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-27399056015894587912008-09-11T04:36:00.000-07:002011-02-24T08:32:43.470-08:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">“Pois logo a mim, tão cheia de garras e sonhos, coubera arrancar de seu coração a flecha farpada.De chofre explicava-se para que eu nascera com mão dura, e para que eu nascera sem nojo da dor.</span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Para que te servem essa unhas longas? Para te arranhar de morte e para arrancar os teus espinhos mortais, responde o lobo do homem.</span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Para que te serve essa cruel boca de fome? Para te morder e para soprar a fim de que não te doa demais, meu amor, já que tenho tanto que te doer, eu sou o lobo inevitável pois a vida me foi dada.</span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Para que te servem essas mão que ardem e prendem? Para ficarmos de mãos dadas, pois preciso tanto, tanto , tanto - uivaram os lobos e olharam intimidados as próprias garras antes de se aconchegarem um no outro para amar e dormir”</span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>Clarice Lispector.</b></span></div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-20454805515503441582008-07-29T06:08:00.000-07:002011-02-19T19:13:51.349-08:00Para quem me odeia! (F.Y.)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div>"Para quem me odeia<a href="" name="top"></a><br />
<br />
Eu te amo. E não seria metade do que sou sem você, juro. É seu ódio profundo que me dá forças para continuar em frente, exatamente da minha maneira. Prometa que nunca vai deixar de me odiar ou não sei se a vida continuaria tendo sentido para mim. Eu vagaria pelas ruas insegura, sem saber o que fiz de tão errado. Se alguém como você não me odeia, é porque, no mínimo, não estou me expressando direito. Sei que você vive falando de mim por aí sempre que tem oportunidade, e esse tipo de propaganda boca a boca não tem preço. Ainda mais quando é enfática como a sua - todos ficam interessados em conhecer uma pessoa que é assim, tão o oposto de você. E convenhamos: não existe elogio maior do que ser odiado pelos odientos, pelos mais odiosos motivos. Então, ser execrada por você funciona como um desses exames médicos mais graves, em que "negativo" significa o melhor resultado possível. Olha, a minha gratidão não tem limites, pois sei que você poderia muito bem estar fazendo outras coisas em vez de me odiar - cuidando da sua própria vida, dedicando-se mais ao seu trabalho, estudando um pouco. Mas não: você prefere gastar seu precioso tempo me detestando. Não sei nem se sou merecedora de tamanha consideração.Bom, como você deve ter percebido, esta é uma carta de amor. E, já que toda boa carta de amor termina cheia de promessas, eis as minhas: Prometo nunca te decepcionar fazendo algo de que você goste. Ao contrário, estou caprichando para realizar coisas que deverão te deixar ainda mais nervoso comigo.Prometo não mudar, principalmente nos detalhes que você mais detesta. Sem esquecer de sempre tentar descobrir novos jeitos de te deixar irritado. Prometo jamais te responder à altura quando você for, eventualmente, grosseiro comigo, ao verbalizar tão imenso ódio. Pois sei que isso te faria ficar feliz com uma atitude minha, sendo uma ameaça para o sentimento tão puro que você me dedica.Prometo, por último, que, se algum dia, numa dessas voltas que a vida dá, você deixar de me odiar sem motivo, mesmo assim continuarei te amando. Porque eu não sou daquelas que esquece de quem contribuiu para seu sucesso. Pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido - e me odiaria ainda mais. Com amor, da sua eterna." (Fernanda Young)</div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-9811031999920550662008-07-21T05:20:00.001-07:002008-07-21T05:22:33.504-07:00Não entendo .<font face="arial" color="#666666">Não entendo. </font><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsD1fFvYW7xjEPXvTZ7VC7qr-GmSu9cMPez8bA0a0A8S_I3ZqWcZOTFMNknmd5wChsI4fFFWe4qZ6ZtEnj8omXO4s6-blxuqL050AjaZGdO3q1NDsedwWmOaITpbX472lBajx7ZPoC41xM/s1600-h/Clarice+16.JPG"></a><font face="arial" color="#666666">Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.</font><br /><font face="Arial" color="#666666"></font><br /><font face="Arial" color="#666666">clarice.</font>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8234877562024615879.post-3310516339803408652008-07-14T04:02:00.000-07:002011-02-22T06:16:51.756-08:00Ando devagar...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><b><span style="font-size: 78%;">Ando devagar porque já tive pressa,<br />
E levo esse sorriso, porque já chorei de mais,<br />
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,<br />
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, ou<br />
Nada sei, conhecer as manhas e as manhãs,<br />
O sabor das massas e das maçãs.</span></b></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><b><br />
</b></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><b><span style="font-size: 78%;">É preciso amor pra puder pulsar, é preciso paz<br />
Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir.<br />
Penso que cumprir a vida, seja simplesmente<br />
Compreender a marcha, ir tocando em frente,<br />
Como um velho boiadeiro, levando a boiada<br />
Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou,<br />
Estrada eu sou, conhecer as manhas e as manhãs,<br />
O sabor das massas e das maças,<br />
É preciso amor pra puder pulsar, é preciso paz<br />
Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir</span></b></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><b><br />
</b></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><b><span style="font-size: 78%;">Todo mundo ama um dia, todo mundo chora,<br />
Um dia a gente chega, no outro vai embora,<br />
Cada um de nos compõe a sua historia, cada ser em si<br />
Carrega o dom de ser capaz, e ser feliz,<br />
conhecer as manhas e as manhãs,<br />
O sabor das massas e das maças,<br />
É preciso amor pra puder pulsar, é preciso paz<br />
Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir<br />
Ando devagar porque já tive pressa,<br />
E levo esse sorriso, porque já chorei de mais,<br />
Cada um de nos compõe a sua historia, cada ser em si<br />
Carrega o dom de ser capaz, e ser feliz</span></b></div></div>Makelihttp://www.blogger.com/profile/02903020505602948713noreply@blogger.com2