"Penso onde não sou, logo sou onde não penso."

quarta-feira, 16 de março de 2011

Doce antítese.

"Sinto que espontâneamente tudo ao meu redor se modifica num leve soprar de movimento. Talvez se eu pudesse acrescentaria açúcar e adoçaria esse sopro amargo. Sim, amargo! 
De repente, me movimento e lá se vem flores e sabores e... ôpa, o que eu tava dizendo mesmo? Sim, sem o amargo o doce não pode ser tão doce!
Eis que surgem-me fantasmas e eis que eu os recebo de porta aberta - sim, eu aprendi a abrir a porta para eles- e quando menos espero: cadê-os? É assim que funciona, ou você permite a entrada ou eles nunca vão embora. 
Insegurança. Ah, a insegurança... Maldita insegurança! Sabe o que eu acho? eu acho é pouco! Não me peça pra justificar isso, pois eu não suportaria dizer-te. Portanto, permaneça inerte. 
Pensando bem as mudanças não são indesejáveis, elas são queridas, muito mais do que ficar a mercê da monotonia. Mas ainda sim, elas são sérias, enigmáticas. 
O conhecido sabor da monotonia é algo que paralisa - 'Por favor uma xícara de café e duas torradas!' - O que me paralisa, me é confortável. Confortável até certo ponto, pois até o conforto me assemelha ao tédio. 
Vejo que meio a tudo que me cerca sempre sobra um pouco de poesia na tentativa fracassada, na atitude não concretizada, no sonho invisível, no caos vigorando."

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